quinta-feira, 31 de março de 2011

Amazônia: BASA, BB e INCRA processados

 

MPF processa bancos por financiarem o desmatamento na Amazônia - 31/03/2011
Local: Brasília - DF
Fonte: MPF - Ministério Público Federal
Link: http://www.mpf.gov.br

O Ministério Público Federal no Pará ajuizou hoje (31/03) ações civis públicas contra o Banco do Brasil e o Banco da Amazônia por terem concedido financiamentos com dinheiro público a fazendas com irregularidades ambientais e trabalhistas no Estado.  O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) também é réu nos dois processos pela total ineficiência em fazer o controle e o cadastramento dos imóveis rurais na região.

Os empréstimos detectados pelo MPF descumpriram a Constituição, leis ambientais e regulamentos do Banco Central e do Conselho Monetário Nacional, além de acordos internacionais dos quais o Brasil é signatário.  O MPF demonstra nos processos que o dinheiro público – de vários Fundos Constitucionais - vem financiando diretamente o desmatamento na região amazônica por causa do descontrole do Incra e das instituições financeiras.

“Desvendou-se, de forma factual, que as propagandas de serviços e linhas de crédito que abusam dos termos responsabilidade socioambiental e sustentabilidade não retratam essa realidade nas operações de concessão desses financiamentos a diversos empreendimentos situados na Amazônia, que em sua maioria são subsidiados com recursos dos Fundos Constitucionais de desenvolvimento e de outras fontes da União”, diz o MPF nas ações.

Os processos são assinados por nove procuradores da República que atuam no Pará e podem ter como consequência, caso acolhidos pela Justiça, o pagamento pelos bancos de indenizações por danos à coletividade e até mudanças substanciais na política de financiamento da atividade rural na Amazônia.

Entre os pedidos dos procuradores está o de fazer com que o Basa e Banco do Brasil invertam suas prioridades, deixando de emprestar dinheiro para produtores irregulares, implementando política de juros reduzida para produtores de municípios ambientalmente responsáveis e incentivando o licenciamento ambiental das propriedades.

O Incra pode ser obrigado a emitir o Certificado de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR) e manter um banco de dados atualizado sobre a situação fundiária da região, obrigação que já existe em lei desde 1972 mas nunca foi cumprida pelo Instituto.  Em todo o estado, até 2010 o Incra havia emitido o certificado para apenas 78 propriedades privadas.

Para o Banco do Brasil e o Basa, o MPF pede ainda que sejam obrigados a realizar auditorias internas para aferir o tamanho do desmatamento que causaram, examinando todos os financiamentos de atividade rural no Pará a partir de julho de 2008.  A data marca a entrada em vigor de uma norma do Conselho Monetário Nacional (CMN) que, segundo a investigação do MPF, vem sendo descumprida sistematicamente.

Investigação - A regra do CMN determina aos bancos oficiais ou privados que só liberem financiamento para atividades agropecuárias no bioma Amazônia com apresentação do Certificado de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR), de Licença Ambiental e ausência de embargos por desmatamento ilegal.  As exigências não são feitas na prática.

A investigação do MPF, feita por amostragem apenas nos dez municípios paraenses campeões de desmatamento dos últimos anos, encontrou 55 empréstimos a fazendas com diversas irregularidades ambientais e até casos de trabalho escravo, a que o Banco do Brasil emprestou um total de R$ 8 milhões.  O Basa liberou mais de R$ 18 milhões (37 empréstimos) para fazendas com os mesmos tipos de problemas.

As irregularidades foram encontradas com o cruzamento de dados públicos das Cédulas de Crédito Rural, registradas em cartório, com informações também públicas dos sistemas da Secretaria de Meio Ambiente do Pará, Incra, Ministério do Trabalho e Emprego e Ibama.  Além dos 92 financiamentos irregulares detectados por amostragem, existem outras fortes provas do descontrole das instituições financeiras sobre o dinheiro que estão injetando na região amazônica.

Provas como as coletadas, por exemplo, na operação Saturnus, que em 2009 desbaratou uma quadrilha que fraudava recursos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e do FNO num total de mais de R$ 17 milhões.  Inúmeras investigações da Controladoria Geral da União também apontam irregularidades na gestão dos financiamentos rurais na Amazônia.

Para o MPF, a descoberta desses financiamentos irregulares demonstra que o problema é generalizado e comprova estudos de pesquisadores independentes, do Tribunal de Contas da União e do Ministério do Meio Ambiente que estabelecem relação direta entre o empréstimo de dinheiro público e o crescimento no desmatamento da Amazônia.

Uma nota técnica do Ministério do Meio Ambiente citada nos processos demonstra, por exemplo, que “a curva dos desmatamentos no Pará acompanha a oferta de crédito rural nos anos de 1999 a 2004, período em que a taxa de desmatamento no estado aumentou em cerca de 70%.  Neste mesmo período, a oferta de crédito rural salta de um patamar de pouco mais de R$ 200 milhões para mais de R$ 690 milhões ao ano (1999 a 2004)”

Subsídios – Dados públicos do Banco Central obtidos pelo MPF para essa investigação demonstram que entre os anos de 1995 e 2009 instituições financeiras emprestaram mais de R$ 90 bilhões para atividades rurais na Amazônia Legal.  Desse total, mais de 92% vem de bancos públicos.

O Banco do Brasil liberou 52,3% dos créditos, o equivalente a R$ 47 bi.  O Basa aparece em segundo lugar, financiando 15% do total e injetando R$ 13 bi na Amazônia Legal nos 15 anos examinados.  Juntos, respondem por 67,3% dos empréstimos rurais na região.  A explicação é simples: BB e Basa são administradores exclusivos dos fundos constitucionais do Centro-Oeste (FCO) e do Norte (FNO), respectivamente.

Além desses dois Fundos, parte do dinheiro público para a atividade rural na região amazônica vem do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e do Orçamento Geral da União (OGU), de onde o Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) tira recursos para financiar produção agropecuária.

De acordo com o Tribunal de Contas da União, “o nível de subsídio em financiamentos com recursos desses fundos é expressivo e produtores rurais não familiares têm direito a empréstimos com taxas de juros subsidiadas, que variam de 5% a 8,5% ao ano, e bônus de adimplência de 15% sobre os encargos financeiros, bem abaixo das taxas de juros livres anuais – que em 2009 variaram entre 26% e 31% para pessoas jurídicas e entre 43% e 55% para pessoas físicas.”

Os processos iniciados hoje ainda não tem número de tramitação mas devem ser apreciados pela 9ª Vara da Justiça Federal em Belém.

sábado, 26 de março de 2011

Amazônia: a quem queres convencer, le petit Sarney?

 

Outro dia, assistindo a TV Câmara, pudemos ver um discurso do Sarney Jr. falando sobre o fim da energia nuclear no Brasil. Parece que depois do acidente no Japão, a explosão da usina de Fukushima, todo mundo teme a energia nuclear.

Em abril de 2007, por ocasião do lançamento do PAC, o Dieese produziu uma nota técnica de número 43 entitulada “O PAC, o setor de hidrocarbonetos e a matriz energética brasileira”, da qual considero relevante visualisar duas tabelas:

dieese petróleo

Vemos que muito embora os EUA tenham uma população muito maior do que a nossa, nós brasileiros consumimos somente 17,12% daquilo que lhes baste em barris de petróleo.

dieese matriz energética

Quando vemos que no Brasil o consumo de energia nuclear representa 1,5% da nossa matriz energética e observamos os nossos níveis de consumo de petróleo, fica a pergunta de quem será que “le petit” Sarney quer enganar?

Jamais na história desse país teve um grupo de pessoa mais influentes para a devastação da Amazônia do que aquele montado para alterar o código florestal brasileiro em 2001. Quem estava lá?

Quem quiser e puder assista a Tv Câmara ou a Tv Senado e verá que se fala até de “sultanato”. Mas o grande chefe dos clorofílicos da política nacional jamais apresentou proposta viável para absolutamente nada, principalmente no que tange o setor energético e produtivo brasileiro, pelo contrário, só conseguiu complicar mais ainda a obtenção de licenças ambientais, costurando remendos e mais remendos na legislação ambiental brasileira fazendo com que hoje tenhamos pelo menos três órgãos públicos, IBAMA, ICMBIO e SFB cuidando da mesma coisa.

Sarney faz campanha com o fechamento das Angras brasileiras, mas não tem propostas dignas de serem alternativas sustentáveis para a matriz energética brasileira entre Chernobyl e Fukushima, e teve para isso 25 anos.

Amazônia: PV e a incrível batalha entre a anta e o jumento

Passando pelo blog do Código Florestal dei uma lida no artigo que vem a seguir e observei o épico da política "clorofílica" brasileira quando da batalha entre a anta e o jumento:


Marina Silva tenta grilar o PV

No final de 2009, Marina Silva e seus Marina's Boys trocaram o PT e ingressaram no PV. Na semana passada o grupo tentou tomar posse do partido destituindo o atual presidente e entregando o cargo a um dos Marina's Boys.

Marina foi surpreendida por Mini Sarney que, através de uma manobra regimental, evitou que a turma da Marina tomasse posse do PV. Mini Sarney teme perder espaço no partido do qual ele é a principal estrela.

Marina Silva e seus Marina's Boys se reuniram na noite de ontem para definir nova estratégia para assumir o PV. Antes mesmo da reunião Marina deu tom divulgando um texto onde exalta os 20 milhões de votos que obteve na campanha presidencial, em 2010. No texto, a ex-senadora diz que os votos representaram a expectativa depositada nela de "fazer uma mudança profunda na política". Marina dá sinal de que usará usará a opinião pública apoiá-la na tentativa de grilar o PV.

Marina acusa os atuais dirigentes de sufocar a "pouca democracia" existente no partido, em crítica ao grupo do presidente da sigla, deputado José Luiz Penna (SP). Sem citá-lo, Marina atacou sua resistência em deixar a presidência. "Não creio que o aprofundamento da democracia possa ser feito através da supressão, mesmo que temporária, da pouca democracia ainda existente", disse no texto.

A ex-senadora reforçou o descontentamento com o comando atual. "Se deixarmos de lado a renovação política dentro do partido, acabou-se a moral para falar de sonhos, de ética, de um mundo mais justo e responsável com o meio ambiente." No fim do artigo, porém, afirma que pretende ficar na sigla. "Reafirmo meu desejo de permanecer neste PV, contribuindo para o seu crescimento e qualidade política."

sexta-feira, 25 de março de 2011

Amazônia: As últimas notícias e novidades

 

A Folha publicou duas manchetes que valem a pena ler:

1. PV não pode ser feudo de dirigentes, diz Gabeira

Na verdade, qual é o partido político do Brasil que não se tornou feudo de alguém?

2. Novo presidente do Incra tem chancela do MST

Acesse os links e depois responda: quem é que governa o Brasil?

quinta-feira, 24 de março de 2011

Amazônia: e o Aldo vai ter trabalho. Bem que poderia reduzir toda a RL dos imóveis da Amazônia para 50%

Consenso sobre Código Florestal exigirá grande esforço, admite relator - 24/03/2011
Local: Internacional - AC
Fonte: Agência Câmara
Link:
O relator da proposta que altera o Código Florestal, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), afirmou nesta quarta-feira, em audiência pública na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, que será necessário um grande esforço dos parlamentares para conseguir o consenso em torno do substitutivo apresentado por ele ao Projeto de Lei 1876/99.  O texto já foi aprovado em comissão especial e está pronto para ser votado pelo Plenário.
A constatação, segundo Rebelo, decorre de inúmeras reivindicações feitas recentemente por governadores de estado e por órgãos representativos de diversos setores da sociedade, como associações de produtores rurais e organizações não governamentais.
“Nesta semana recebi uma carta do governador do Piauí em que ele afirma que a proibição de criação de novas áreas agricultáveis por cinco anos, como está previsto no meu relatório, será extremamente prejudicial para a produção agrícola piauiense”, disse o deputado.
Ao comentar o resultado de visitas feitas a estados como Acre, Amazonas, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Bahia, Rebelo disse ainda que o governador do Acre, Tião Vianna, já teria inclusive criado um grupo de trabalho para analisar a possibilidade de anistiar os produtores familiares do estado.  “Fui informado de que um assentado da reserva Chico Mendes teria cometido suicídio por não ter condições de pagar as multas impostas por órgãos fiscalizadores”, afirmou.
Incentivos ao produtor O representante do Instituto Socioambiental (ISA), Raul Telles do Valle, criticou a criminalização dos produtores rurais prevista no Código Florestal e a forma como é feita sua fiscalização.  “A fiscalização abusiva é um equívoco.  Ninguém quer ver os produtores rurais multados, impedidos de produzir”, afirmou.
Valle, entretanto, questionou algumas partes do relatório do deputado Aldo Rebelo, entre as quais a que prevê a dispensa da recuperação de Áreas de Preservação Permanentes (APPs) desmatadas (área agrícola consolidada) até 2008.
O representante do ISA apresentou estudos dando conta de que são muito pequenas as porcentagens de áreas produtivas a serem recuperadas por integrarem APPs.
Segundo ele, em Bento Gonçalves (RS), por exemplo, a produção de uva ocupa apenas 1% das áreas de preservação.  “O mesmo ocorre com as áreas produtoras de café em Três Pontas (MG), onde apenas 2% estão em APPs”, disse Valle, ao defender a criação de dispositivos técnicos e econômicos capazes de incentivar os produtores a recuperar áreas sem perdas financeiras.
Incentivos fiscais
O deputado Reinhold Stephanes (PMDB-PR), que foi ministro da Agricultura, concordou com a ideia de que é preciso criar incentivos fiscais para viabilizar o cumprimento das alterações propostas no projeto de novo Código Florestal.
De acordo com o deputado, “antes de recuperar áreas desmatadas nas beiras dos rios, por exemplo, é preciso criar mecanismos que incentivem os produtores a realizarem essa recuperação”.
Impacto Econômico
Por outro lado, o procurador da Fazenda Nacional, professor universitário e especialista em Direito Ambiental Luís Carlos Silva de Moraes chamou a atenção para os impactos financeiros gerados pela recuperação de todas as regiões desmatadas em área agrícola consolidada.
Com base em números de 2007, Moraes afirma que a redução da área agricultável faria o Brasil perder R$ 22 bilhões em arrecadação e tornaria o Produto Interno Bruto (PIB) R$ 74,3 bilhões menor.  “A manutenção da área agrícola consolidada não é um favor ao produtor rural, mas uma necessidade pública”, defendeu.
Os deputados Jorge Pinheiro (PRB-GO) e Cláudio Cajado (DEM-BA) defenderam o aprofundamento dos debates antes que a proposta seja votada pelo Plenário.  “Um tema como esse não será votado sem o mínimo de consenso”, ressaltou Cajado.

Amazônia: e aí vem outra do MPF. Desmatamento zero?

Com apoio do MPF/PA, governo paraense lança pacote de benefícios para 'municípios verdes' - 24/03/2011
Local: Brasília - DF
Fonte: MPF - Ministério Público Federal
Link: http://www.mpf.gov.br

Apoiar 75 municípios paraenses a alcançarem o desmatamento zero é uma das principais metas do programa Municípios Verdes, que foi lançado pelo governo do Estado nesta quarta-feira, 23 de março, em Paragominas.  O programa também prevê reflorestamento, manejo das florestas nativas, recuperação das áreas de preservação permanente e de áreas degradadas.

A iniciativa surgiu a partir de acordos feitos entre o governo estadual, Ministério Público Federal (MPF), prefeitos e federações dos municípios (Famep) e da agricultura e pecuária (Faepa).  Desde o final de 2010 até segunda-feira, 20 de março, foram assinados acordos com 75 municípios paraenses.  Em troca de ampliação de prazo para a regularização ambiental dos produtores rurais, os municípios comprometeram-se a combater desmatamento.

O programa Municípios Verdes, do governo do estado, vem auxiliar os municípios a cumprir esse compromisso.  As secretarias de estado de Projetos Estratégicos e de Meio Ambiente, o Instituto de Terras do Pará (Iterpa) e o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) estão à frente do programa.

Garantia de mercado - Desde o início deste mês, cerca de 80 empresas que assinaram acordo pelo desmatamento zero no Pará — entre elas alguns dos maiores frigoríficos do país, como o Bertin e o Minerva — passaram a negociar exclusivamente com proprietários rurais que tenham pedido o licenciamento ambiental ou cujas propriedades estiverem localizadas em municípios que também assinaram o acordo pelo fim do desmatamento ilegal.

Nos municípios participantes do acordo, as propriedades acima de 3 mil hectares ganharam prazo até 30 de agosto para o pedido de licenciamento e as de 500 até 3 mil hectares têm até 31 de dezembro para que essa providência seja tomada.  Para as pequenas propriedades, de até 500 hectares, o prazo vai até 30 de junho de 2012.

Em contrapartida à extensão de prazo para o licenciamento, as prefeituras se comprometem com o desmatamento zero e com o controle sobre as atividades produtivas.  Entre as condições que devem ser obedecidas, as prefeituras devem alcançar um pacto pelo controle do desmatamento com a participação do legislativo e de sindicatos patronais e de trabalhadores rurais.

Paragominas foi escolhido como palco de lançamento do programa por ter sido o primeiro município paraense que ganhou a denominação de Município Verde, saindo da lista dos maiores desmatadores em março de 2010, dois anos depois de ter iniciado o combate ao desmatamento.

Em 2005, a devastação ilegal atingiu, no município, 303 quilômetros quadrados.  Em 2009, já era de apenas 21 quilômetros quadrados, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).  Resultados como esses levaram o Conselho Monetário Nacional a autorizar, em 2010, que os produtores rurais de Paragominas tenham acesso ao crédito bancário sem a apresentação do Certificado de Cadastro de Imóveis Rurais (CCIR).

Histórico - No início de 2009, antes de o MPF começar a propor os acordos pelo desmatamento zero, no Pará haviam apenas cerca de 900 propriedades rurais inscritas no cadastro ambiental rural do Estado, o primeiro passo antes do pedido de licenciamento ambiental.  Com os acordos promovidos pela instituição e com a campanha Carne Legal, esse total chegou, em janeiro de 2011, a 48,3 mil propriedades registradas.

Dados como esses serviram como base para que outros órgãos públicos e a imprensa apontassem a atuação do MPF como um dos fatores fundamentais para que a Amazônia Legal tivesse em 2010 a menor área desmatada já registrada na história do país, desde que o monitoramento passou a ser feito via satélite, em 1988.

Para participar do acordo - A prefeitura que ainda quiser assinar o acordo pode obter a minuta do documento que está disponível nas sedes da Famep e da Faepa.  Uma vez assinado o compromisso, o documento pode ser enviado por correio ao MPF em Belém (rua Domingos Marreiros, 690, bairro Umarizal – CEP 66055-210) ou pelo endereço eletrônicodalya@prpa.mpf.gov.br .

Amazônia: custo da recuperação das áreas alteradas é impraticável

 

Recuperar áreas desmatadas é inviável, diz especialista - 23/03/2011
Local: Internacional - AC
Fonte: Agência Câmara
Link: http://www.amazonia.org.br/noticias/noticia.cfm?id=380680

O procurador da Fazenda Nacional, professor universitário e especialista em Direito Ambiental Luís Carlos Silva de Moraes chamou a atenção para os impactos que a recuperação de todas as áreas desmatadas representaria para o PIB dos municípios brasileiros.  Com base em números de 2007, ele afirma que o Brasil perderia R$ 22 bilhões em arrecadação e que o PIB do País seria R$ 74,3 bilhões menor.  A recuperação de áreas degradadas é defendida por ambientalistas.

“A manutenção da área agrícola consolidada não é favor ao produtor rural, mas uma necessidade pública”, defendeu.

O procurador participa de audiência pública da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável que discute alterações no Código Florestal Brasileiro aprovadas por comissão especial, conforme relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP).

O relatório de Rebelo suspende, por cinco anos, as penalidades aplicadas a produtores rurais por crimes ambientais cometidos até julho de 2008.  Nesse período, estados, municípios e produtores deverão promover a regularização ambiental das propriedades.  Para os ambientalistas, o relatório concede uma anistia aos desmatadores.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Amazônia: a quantas anda o PV? tem efeitos do ambientalismo infundado no Brasil?


Leia o texto abaixo originalmente publicado no UOL:
PV, a meio passo do PPN
“O Partido Verde precisa se reformular para não ser mais um PPN (Partido de Porra Nenhuma). Se a tão prometida revisão do PV não sair do papel, é provável que essa falta de rumo e coerência partidária acabe afundando a legenda”
Clique no nome do colunista para ver outros artigos
Renata Camargo*
A expressão “jogou merda no ventilador” cabe bem para o momento. Os artigos publicados pelo deputado federal Alfredo Sirkis (PV-RJ), em seu blog nos últimos dias, abrindo o jogo da confusão envolvendo grandes figurões do Partido Verde brasileiro, mostrou que o buraco da legenda, que se diz alinhada ao pensamento sustentável, é mais embaixo. Por outro lado, fez reacender um sentimento adormecido desde o último outubro: um sentimento de esperança em ver na política uma limpeza de toda essa porcaria.
Em linhas bem gerais, pode-se dizer que Sirkis, em dois textos, faz literalmente o que a expressão acima diz: ele jogou os podres do partido aos ventos e espalhou a lamaceira. A sujeira foi lançada após o grupo ligado ao presidente do PV, José Luiz Penna, no cargo desde 1999, ter reconduzido o mesmo ao posto máximo do partido, a contragosto dos “marineiros”. O fato causou a ira do seleto grupo, que pretendia postular ao cargo um indicado da ex-senadora do PV.
Nos textos, o deputado, em palavras enfáticas, apresenta as disputas internas dos verdes relacionadas, basicamente, à perpetuação no poder de um grupo e a falta de interesse em mexer no conteúdo programático do partido (que significaria a queda de alguns). Nas entrelinhas, Sirkis mostrou também a iconização de uma figura, que pode ser o “chantili” do PV e, ao mesmo tempo, o “estorvo” do partido: a própria Marina Silva.
Em janeiro de 2009, no Fórum Social Mundial de Belém, no Pará – quando ninguém falava em candidato do PV à Presidência –, Marina Silva, ao fim de suas palestras, tinha seu nome ovacionado pelo público – em sua maioria, jovens de classe média, com pensamentos e ideologias ligadas ao que acostumaram chamar de esquerda. Em coro, os jovens – às vezes, “jovens” de cabelos brancos – gritavam “Marina presidente do Brasil”.
A cena, naquele contexto, era, no mínimo, inesperada. Até mesmo para a atriz principal do episódio, a aclamação parecia pegá-la de surpresa. Com um sorriso sem graça (mas daqueles que evidenciam orgulho de si mesma), Marina deixava os locais de palestra escoltada, como uma digna atriz de Hollywood, cujos fãs, ensandecidos, rogavam por um pouco de sua atenção e, quiçá, um autógrafo.
Uma das cenas, eu me lembro bem, foi tão inusitada que chegou a ser bizarra. Na ocasião, me fez lembrar (e rir, por isso) de cenas daquele filme O guarda-costas, da década de 1990, quando Whitney Houston saía protegida pelo seu guarda-costas Kevin Costner. Marina não chegou a ser levada no colo, mas em clima similar de tumulto de fãs, teve que entrar correndo no carro, sob escolta e empurra-empurra.
Marina naquele contexto não era PV. Já era verde, já era relacionada a ambientalistas e à causa da sustentabilidade, já tinha seu nome reconhecido nacional e internacionalmente, mas não era Partido Verde, ela não se restringia à legenda, nem era colocada como o sustentáculo de uma legenda.
Naquele cenário, em que milhares de pessoas ditas esquerdistas ou simpatizantes discutiam terceiras vias para o desenvolvimento da sociedade (e, muitas vezes, sob linguagens ultrapassadas, usando em vão o nome de Marx), Marina simbolizava uma luz no fim do túnel, um caminho para fugir das dicotomias, uma via para sair da esvaziada esquerda-direita, da triste política do jogo dos interesses individuais ou de grupos dominantes. Na época, ela era ainda do PT, mas era aclamada como uma terceira via.
Foi sob o papel de terceira via, que meses depois do fórum, em outubro de 2010, pelo PV, Marina mostrou a força de uma alternativa de poder. Os 20 milhões de votos em Marina forçaram um segundo turno eleitoral e conduziram aquele pleito sem graça para um caminho do “podemos mudar”. À revelia de membros do próprio partido, Marina conseguiu, ao menos de forma macro, negociar acordos programáticos, ao invés de cair no simples troca-troca de cargos para apoio político.
Agora, com as feridas expostas do PV, o sentimento despertado pelo “fenômeno Marina” – o sentimento de uma terceira via para o país, de uma busca por um desenvolvimento do Brasil enquanto nação, com políticos e políticas públicas olhando para a mesma direção do benefício coletivo – se renova de esperança. Será que o partido que se diz bandeira de uma nova forma de pensar o mundo vai conseguir se livrar das antigas e mesquinhas amarras do poder?
O Partido Verde brasileiro, cujo verde aparece, muitas vezes, apenas no título da legenda, precisa se reformular para não ser mais um PPN (Partido de Porra Nenhuma). Com ou sem Marina, se a tão prometida revisão programática (profunda) do PV não sair do papel neste momento político, é capaz que ela não saia nunca mais, e que essa falta de rumo e de coerência partidária acabe afundando a legenda verde no Brasil.
Os 20 milhões de eleitores de Marina são heterogêneos e não podem ser classificados em uma ou duas categorias. Mas é certo que todos aqueles eleitores depositaram naquele voto o sentimento da mudança, da esperança por uma política melhor. Jogar a merda no ventilador neste momento se apresenta como uma forma de reacender a esperança por uma política mais limpa. Talvez a esperança da espera por um milagre, no qual seja possível largar a velha cartilha do poder-pelo-poder, para pensar no poder como um movimento de cidadãos.
*Formada em Jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB), Renata Camargo é especialista em Direito Ambiental e Desenvolvimento Sustentável pelo CDS/UnB. Já atuou como repórter nos jornais Correio Braziliense, CorreioWeb e Jornal do Brasil e como assessora de imprensa na Universidade de Brasília e Embaixada da Venezuela. Trabalha no Congresso em Foco desde 2008.
Outros textos do colunista Renata Camargo*

terça-feira, 22 de março de 2011

Amazônia: CNA publica sobre moratória e mudança do código florestal.

Artigo publicado originalmente no site da CNA, com observações minhas em tinta vermelha.

 

DCI

"É preciso mudar a lei trabalhista no campo"
Abnor Gondim
A prioridade da bancada ruralista é a aprovação do novo Código Florestal, com moratória e financiamento público para a recuperação das áreas de reserva legal degradadas. Ou seja, a reforma trabalhista no campo deve entrar nas prioridades da agenda do Congresso Nacional forte este ano, aponta o deputado Moacir Micheletto (PMDB-PR), coordenador político da Frente Parlamentar da agropecuária em entrevista exclusiva ao DCI.
É importante o financiamento para a recuperação de áreas alteradas da reserva legal e também da app, mas moratória nem pensar! É preciso repensar conceitos como essas duas instituições criadas, APP e ARL para a Amazônia. O projeto do Senador Aldo Rebelo é extremamente conservador, pois resolve o problema do pequeno proprietário do Sul e do Sudeste do país, tão somente. Precisa pensar na Amazônia.

Recriada na última quarta-feira com 215 deputados e senadores - quase a metade do parlamento -, a Frente já concorda com o desmatamento zero em todo o País por cinco anos para facilitar a votação da proposta. A matéria deve ir ao plenário da Câmara no final deste mês. Confira a entrevista na íntegra.
Desmatamento zero é um absurdo principalmente quando os programa Terra Legal estará emitindo novos títulos em todo o país. Vamos penalizar os produtores impedindo-os de fazer suas primeiras aberturas para a produção?


Quais as bandeiras de luta da frente parlamentar da agropecuária?
Queremos pautar na Câmara dos Deputados a votação do relatório do deputado Aldo Rebello (PC do B - SP) sobre o novo Código Florestal. É um compromisso, inclusive, com o presidente da Casa.
Como já explicado o relatório é extremamente conservador.
O que já está consensuado?
Acredito que está consensuado aí que, por exemplo, os quatro módulos, a soma, inclusive, da mata ciliar para efeito de cálculo da reserva legal.
A  carne brasileira é produzida em áreas com mais de quatro módulos fiscais.
Os quatro módulos são para a anistia dos desmatadores?
Não. O que vem se conversando, em termo de anistia, é alguma remodelação, inclusive, não é anistiado. O agricultor que tem de recuperar área degrada, este terá incentivo do governo, para trabalhar em cima dessas áreas? Por que isso? Porque quem vai determinar as áreas que devem ser recuperadas é o zoneamento ecológico e econômico, que deverá ser implantado nos estados, com o auxílio do governo federal.
O Zoneamento da Amazônia já está pronto e o do Estado do Pará também o que falta então para retornar o percentual da RL para 50%?


Será dado um prazo para que os estados façam isso?
Esse prazo será decidido e colocado na regulamentação da Lei. Não pode passar de 20 anos, para regulamentar isso aí. Porque necessita de grandes investimentos. Outro ponto importante que está sendo colocado é a ocupação das várzeas, principalmente, da área do pequeno produtor rural. As várzeas são onde podemos plantar o arroz e os produtos.
E se começou também a discutir um dos pontos importantes do relatório, que é o desmatamento zero em todo o País. É uma moratória por cinco anos sem novos desmatamentos.
Moratória é escandaloso, deve-ser rever o percentual de reserva legal e eliminar as multas pela ação retroativa dos atos administrativos fundamentados na MP 2166-67/2001.


Vocês concordam com o desmatamento zero?
Já houve consenso. É lógico que vai haver uma discussão. Por que cinco anos de moratória? Porque será implantado o zoneamento econômico e ecológico. Estamos fazendo isso para aprovar o relatório do Aldo. O que nos preocupa agora é que em junho de 2011 vence o prazo do decreto 7.029. Se não existir uma nova legislação, o governo vai ter que emitir de novo outro decreto. Porque a partir de 11 de junho, se não tiver o projeto do Aldo aprovado, 98% dos agricultores vai estar na ilegalidade.
Nunca se deveria falar em desmatamento zero, isso é loucura. E deve-se pensar nos atos do Executivo, pois somente nos últimos 3 anos já se alterou o 6514/2008 pelo menos 3 vezes.


É a questão da averbação (registro em cartório) da reserva legal da propriedade?
Isso. A ideia agora é no dia 30 ou 31 o projeto do Código Florestal seja votado por meio de um grande acordo de liderança. No dia 5 de abril, vamos fazer uma das maiores mobilizações que o Brasil já teve. Vamos levar centenas de milhares de agricultores a Brasília. Não é apenas o agricultor o responsável pelo meio ambiente. Os rios das grandes cidades estão totalmente poluídos, e não é o produtor que está poluindo.
Para fazer averbação da ARL precisa primeiramente ajustar o fundiário, especialmente na Amazônia, particularmente o estado do Pará.


Quais os outros pontos relevantes convergentes e divergentes?
Outro ponto importante é a servidão ambiental para o agricultor que não derruba, que tem a mata em pé, e que não vai querer derrubar. É o pagamento por serviços ambientais. Se você pegar toda água que Nova York utiliza vem de 30, 40 agricultores de onde nasce a bacia daquele rio. Eles não vão poder utilizar para o plantio de agricultura. E aí, ele tem que ser remunerado para manter isso.
Tem que fazer com que os instrumentos econômicos de compensação caia finalmente no bolso dos produtores, inclusive o REDD e cia.

Está em marcha uma proposta da Frente quanto à flexibilização das leis trabalhista no campo?
São três reformas importantes que o Congresso vai ter que fazer: a Política, a Tributária e a Fiscal. Temos que tentar mudar a legislação trabalhista no campo. Precisamos adequar porque ninguém mais hoje quer empregar no campo. Ninguém quer tirar direitos do trabalhador, mas nós temos que modernizar, nós temos que adequar. É a mesma coisa que a legislação ambiental, ela tem 45 anos, são mais de 16,8 mil leis, que estão perambulando pelo Brasil, criando uma insegurança jurídica tamanha.
O que poderia ser modificado, como por exemplo, parcelamento do pagamento das férias?
Acho que vai ser o aspecto de aposentadoria, o aspecto inclusive de horas trabalhadas no campo, o problema de salubridade e contratos de integração em diferentes atividades.
Essa posição não pode dar mais munição às entidades de direitos humanos? Denuncia muito que médios e grandes produtores rurais são ligados à prática de trabalho escravo no País?
Esse problema do trabalho escravo denigre a imagem do Brasil, principalmente, nas exportações. Tem que cumprir a lei contra o uso do trabalho escravo, quem está fazendo esse tipo de crime tem que dar cadeia. Nós temos a melhor legislação possível de cumprimento da legislação trabalhista. O que está faltando é fazer com que se crie consciência nesse país, está faltando mecanismo de fiscalização. Aí, de repente, vem uma ONG internacional ou alguém - que tem interesse, inclusive, em denegrir aquele produto porque o Brasil é competitivo lá na Europa ou lá nos Estados Unidos - falando em nome do trabalho escravo, do meio ambiente, complicando o desenvolvimento do Brasil. Esse é o papel que tem que ser feito por meio do parlamento brasileiro.
A Frente poderá vir apoiar a proposta de que seja feita a desapropriação de terras em que tenha sido constatado o trabalho escravo?
Exato. Mas tem que definir o que é trabalho escravo. Alguns empresários reclamam que os agentes do ministério do trabalho são ríspidos. Qualquer coisa que esteja fora das normas mínimas é considerada trabalho escravo. O Ministério do Trabalho e o Ministério Público exigem o que é eminentemente impossível de ser aplicado. Por exemplo, o sujeito vai numa instalação sanitária, e encontra um vaso que está faltando a tampa, o proprietário é multado.
Como está a questão da renegociação das dividas?
Como nós estamos com o Brasil já. Nos últimos anos, teve uma recuperação enorme, alta produtividade, o mercado internacional está bom. Precisamos estudar o que é possível fazer para que o agricultor saia da inadimplência.
De quanto é a dívida hoje? Vocês não querem pagar?
A agricultura deve hoje no Brasil mais de R$ 130 bilhões. O financiamento não chega a R$ 50 bilhões. Isso aí é multa, é juros, é inadimplência, são barbaridades, e o agricultor nunca vai conseguir pagar essa conta. Não estamos pedindo anistia, mas uma reavaliação do quadro da dívida e como ele pode pagar de acordo com a sua capacidade.
E as terras nas mãos de estrangeiros, é fruto de uma ação do governo para limitar essas aquisições?
Precisamos criar um marco regulatório que passe pelo parlamento. Não podemos proibir que estrangeiros comprem terras no Brasil. Tem gente da Europa que está vindo comprar para adquirir os direitos de crédito de carbono.
E as invasões do MST?
Contamos com o governo Dilma Rousseff para fazer uma reavaliação dos assentamentos da reforma agrária. O Banco da Terra pode financiar o produtor que tem vocação para ficar no campo. E não com desapropriação de terras.

Como vimos, no tocante ao código floresatal, ainda tem muita coisa pra ser aprendida pelos “políticos”, mas quem sabe o novo blog do Imazon consiga esclarecer… isso é, se eles em primeira mão aprenderem a escrever algo decente.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Amazônia: debate código florestal

 

Frente da Agropecuária debate mudanças no Código Florestal

Fonte: Agência Câmara

A Frente ParlamentarÉ uma associação suprapartidária destinada a aprimorar a legislação referente a um tema específico. As frentes podem utilizar o espaço físico da Câmara, desde que suas atividades não interfiram no andamento dos outros trabalhos da Casa, não impliquem contratação de pessoal nem fornecimento de passagens aéreas. As frentes parlamentares estão regulamentadas pelo ato 69/05, da Mesa Diretora. Em tese, deveriam conter 1/3 dos integrantes do Legislativo, mas na prática esse piso não é exigido.  da Agropecuária promove nesta terça-feira (15) um debate sobre as propostas de alteração do Código Florestal (Projeto de Lei 1876/99 e apensadosTramitação em conjunto. Quando uma proposta apresentada é semelhante a outra que já está tramitando, a Mesa da Câmara determina que a mais recente seja apensada à mais antiga. Se um dos projetos já tiver sido aprovado pelo Senado, este encabeça a lista, tendo prioridade. O relator dá um parecer único, mas precisa se pronunciar sobre todos. Quando aprova mais de um projeto apensado, o relator faz um texto substitutivo ao projeto original. O relator pode também recomendar a aprovação de um projeto apensado e a rejeição dos demais.).

O encontro será aberto pelo relator da reforma do código, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que vai defender a aprovação do seu substitutivo – que tem o apoio de ruralistas, mas é combatido pelos ambientalistas.

O professor da Universidade Mackenzie Antonio Carlos Rodrigues do Amaral falará sobre os aspectos constitucionais do relatório de Aldo Rebelo.

O procurador da Fazenda Nacional da Advocacia-Geral da União, Luis Moraes, analisará o Código Florestal em vigor, do ponto de vista jurídico.

Por fim, haverá uma palestra do ex-ministro da Agricultura Alysson Paulineli.

O debate será realizado das 14 às 18 horas no auditório Freitas Nobre.

Íntegra da proposta:

Da Redação/WS

quinta-feira, 10 de março de 2011

Amazônia: editorial do FlaXFlu argumenta, mas não explica

Acompanhando o editorial do site Amazonia.org se vê que existe sim a possibilidade de diálogo. É sensacional vermos que já se fala em alguma coisa na forma de entendimento, desestabilizando a polarização midiática de ecoloucos do bem e produtores do mal.

O editorial fala sobre reportagem do dia 02 de março, do Jornal O Estado de São Paulo. Honestamente este blog não vê como possa funcionar quando observamos uma reserva legal de 80%.

A proposta do relatório do Aldo Rebelo originalmente favorece todos os imóveis com área menor que 300ha, isto é, favorece ainda os imóveis rurais localizados no Sul e no Sudeste brasileiro.

Se a reserva legal dos imóveis da Amazônia Legal continuar sendo 80% deve-se pensar urgentemente em compensação pelos serviços ambientais prestados. Uma forma mais justa de pagar para os guardiões da floresta amazônica.

sábado, 5 de março de 2011

Amazônia: proposta do governo sobre o código florestal não é proposta de conservação ambiental

 

O site da CNA publicou artigo originalmente da Revista Época onde apresenta o seguinte quadro sobre a proposta governista para o Código Florestal Brasileiro:

codigo

Com efeito, esta proposta nem mesmo é uma proposta ambiental, pois em nenhum momento toca os pontos fundamentais da conservação. Antes disso, a proposta é um modo de direcionar recursos públicos, seguramente, como FNO e BNDES, para financiamento público em área privada, como forma de desviar o foco da questão. Mas, enquanto isso, produtores rurais dormem apáticos ao que lhes espera.

terça-feira, 1 de março de 2011

Amazônia: movimentação por conta do Código Florestal

 

Mato Grosso e Maranhão mobilizam pelo código florestal, mas chegou no Pará, parou!

Amazônia: o código florestal e as florestas que se explodam!

 

Presidente da Câmara e líder do PSDB recebem delegação do Sistema Confea/Crea

Brasília, 23 de fevereiro de 2011.

Presidentes e conselheiros federais do Sistema Confea/Crea estiveram hoje no Congresso Nacional para defender a Agenda Parlamentar Prioritária de 2011 que reúne projetos de lei considerados de interesse da sociedade e dos que atuam na área tecnológica.
O primeiro parlamentar a receber parte da delegação que teve à frente o presidente do Confea, Marcos Túlio de Melo, foi o presidente da Câmara, Marco Maia (PT/RS). No encontro, realizado na sala de reuniões do gabinete lotada por lideranças profissionais, Túlio de Melo falou das minutas de projetos de lei que estão sendo preparadas e defendem respectivamente: que as anuidades e valores de Anotações de Responsabilidade Técnica sejam determinados por lei, e que o plenário do Conselho Federal tenha formação federativa, com três conselheiros a serem eleitos por eleição direta por cada estado."Nossos valores de anuidades e ARTs estão defasados e se não forem atualizados rapidamente, muitos Creas não terão recursos para realizar a fiscalização que é a principal atividade do Regional", explicou Túlio de Melo.
Projetos de Lei que tramitam na Câmara, como a alteração da Lei das Licitações no tocante ao critério do menor preço, e a permissão da modalidade pregão na contratação de quaisquer serviços de engenharia, arquitetura e agronomia; o piso salarial profissional dos técnicos, e a reestruturação das equipes técnicas nos três níveis de governos, também foram tratados.
O presidente da Câmara, atento, se interessou pelos temas e aconselhou que outros deputados sejam contatados para acompanhar os Projetos de Lei: "Assuntos como a alteração da Lei das Licitações terão uma comissão especial a ser formada e que analisará cada item". Maia disse que os Projetos de Lei que chegarem à mesa "serão de interesse da sociedade e receberão atenção. Vamos construir um consenso sobre eles e deliberar sobre as matérias".
O mercado de trabalho aquecido, a falta de engenheiros brasileiros para atender a demanda, e as perspectivas de crescimento econômico do país em torno de 5% ao ano, preocupam tanto as lideranças profissionais quanto as políticas. Segundo pesquisa do Ipea, o déficit anual é de 20 mil engenheiros e há projeções que em 2014 esse déficit pode chegar a 150 mil.
"Há propostas de repatriar os engenheiros brasileiros que trabalham no exterior, mas é preciso criar mais cursos e vagas para formarmos gente nossa", defende Maia para quem "com o panorama de crescimento que o Brasil vislumbra, os profissionais da engenharia, arquitetura e agronomia são peças fundamentais para o país".


Apoio às reivindicações
Duarte Nogueira, (SP), líder do PSDB, também recebeu as lideranças do Sistema Confea/Crea. Acompanhado dos presidentes do Creas de São Paulo, José Tadeu, e Rio Grande do Norte, Francisco Adalberto de Carvalho, além do coordenador do Colégio de Entidades Nacionais, René Bayma Filho, Túlio de Melo marcou posição em relação aos Projetos de Lei e informou sobre as minutas em preparação.
Atento, Nogueira - engenheiro agrônomo por formação - pediu para ser avisado, "tão logo as minutas se transformem em Projetos de Lei e cheguem à Casa". Ele também se mostrou comprometido na manutenção do veto, feito pelo então presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva, ao artigo 58 da lei 12.378/2010 que criou o Conselho de Arquitetura e Urbanismo. O artigo trata da divisão de patrimônio do Sistema Confea/Crea com a saída dos arquitetos.
Maria Helena de Carvalho
Assessoria de Comunicação Social do Confea

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O CONFEA a exemplo da OAB deveria se preocupar com o sustento dos seus associados e daí pleitear aumento das anuidades e ART.

Que se posicione o CONFEA acerca da revisão do Código Florestal.

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