sábado, 26 de março de 2011

Amazônia: a quem queres convencer, le petit Sarney?

 

Outro dia, assistindo a TV Câmara, pudemos ver um discurso do Sarney Jr. falando sobre o fim da energia nuclear no Brasil. Parece que depois do acidente no Japão, a explosão da usina de Fukushima, todo mundo teme a energia nuclear.

Em abril de 2007, por ocasião do lançamento do PAC, o Dieese produziu uma nota técnica de número 43 entitulada “O PAC, o setor de hidrocarbonetos e a matriz energética brasileira”, da qual considero relevante visualisar duas tabelas:

dieese petróleo

Vemos que muito embora os EUA tenham uma população muito maior do que a nossa, nós brasileiros consumimos somente 17,12% daquilo que lhes baste em barris de petróleo.

dieese matriz energética

Quando vemos que no Brasil o consumo de energia nuclear representa 1,5% da nossa matriz energética e observamos os nossos níveis de consumo de petróleo, fica a pergunta de quem será que “le petit” Sarney quer enganar?

Jamais na história desse país teve um grupo de pessoa mais influentes para a devastação da Amazônia do que aquele montado para alterar o código florestal brasileiro em 2001. Quem estava lá?

Quem quiser e puder assista a Tv Câmara ou a Tv Senado e verá que se fala até de “sultanato”. Mas o grande chefe dos clorofílicos da política nacional jamais apresentou proposta viável para absolutamente nada, principalmente no que tange o setor energético e produtivo brasileiro, pelo contrário, só conseguiu complicar mais ainda a obtenção de licenças ambientais, costurando remendos e mais remendos na legislação ambiental brasileira fazendo com que hoje tenhamos pelo menos três órgãos públicos, IBAMA, ICMBIO e SFB cuidando da mesma coisa.

Sarney faz campanha com o fechamento das Angras brasileiras, mas não tem propostas dignas de serem alternativas sustentáveis para a matriz energética brasileira entre Chernobyl e Fukushima, e teve para isso 25 anos.

Um comentário:

  1. N'est pas un homme séueux! Curiosa época esta, dirão de nós os historiadores do futuro, já que nela a esquerda não era à esquerda, a direita não era à direita, e o centro não
    estava no meio.
    André Malraux.

    O Sarney pai nunca serviu para nada, a não ser para mamar nas fartas tetas do estado e o filho vai no mesmo caminho.

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